Saiu de casa, determinada a vencer... a vida já a tinha magoado o bastante! Nesse dia queria se sentir confiante de Si mesma e vitoriosa. Este era um novo conhecimento, quem sabe o incio de uma nova amizade... estava céptica quanto a isso, nao seria a 1ª vez que pensava poder confiar e ter encontrado um verdadeiro amigo(a) e depois sofrer uma grande desilusao.
As várias cicatrizes emocionais que tinha vindo a coleccionar durante a sua vida tinham na tornado numa pessoa pouco sociável, nao que nao gostasse de convívio e de se divertir, mas... a dor tinha-se transformado em medo e ambos tinham-se sobreposto á coragem de arriscar novas companhias.
No fundo, Ela era uma pessoa feliz, tinha um reduzido leque de verdadeiros amigos e sentia-se bem. Apesar de tudo, quem a conhecesse dizia que tinha sempre um sorriso estampado no rosto, que pouco conheciam sobre a sua vida privada, mas que era uma pessoa agradável.
Os seus conhecimentos filosóficos e de psicologia, tinham-na feito compreender o que se passava consigo. Estava ciente de que tinha criado muralhas protectoras á sua volta e quase munca abria os portoes e deixava aproximar alguém.
No entanto, estava determinada a mudar o rumo das coisas e da sua vida. Estava determinada a fazer mais contactos, a devagarinho deixar aproximar-se alguém...
Naquela tarde, deu consigo a rir-se, descontraída e feliz! Voltou a casa com uma sensacao boa e com vontade de sonhar.
No dia seguinte, o sonho permanecia... mas cautelosa como era, evitou contactos. Quis apenas saborear o sonho e nao acordar para a realidade. Apesar das precaucoes tomadas, houve um contacto que a fez pensar um pouco mais...
Uma nova semana se iniciava e Ela continuava a tentar saborear o momento. Havia uma “promessa” de noticias...
Claro está, a “promessa” nao se cumpriu e Ela acordou novamente para a realidade. O importante agora é concentrar-se novamente no seu trabalho e manter-se segura de si mesma, sem “criar castelos nas nuvens”, pois é certo e sabido que isso nao lhe está destinado e que acaba-se sempre por se magoar...
“Lá mesmo esqueci que o destino. Sempre me quis só“