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segunda-feira, 25 de julho de 2011

I do I do I do I do (II)

Saiu de casa, determinada a vencer... a vida já a tinha magoado o bastante! Nesse dia queria se sentir confiante de Si mesma e vitoriosa. Este era um novo conhecimento, quem sabe o incio de uma nova amizade... estava céptica quanto a isso, nao seria a  1ª vez que pensava poder confiar e ter encontrado um verdadeiro amigo(a) e depois sofrer uma grande desilusao.

As várias cicatrizes emocionais que tinha vindo a coleccionar durante a sua vida tinham na tornado numa pessoa pouco sociável, nao que nao gostasse de convívio  e de se divertir, mas... a dor tinha-se transformado em medo e ambos tinham-se sobreposto á coragem de arriscar novas companhias.
No fundo, Ela era uma pessoa feliz, tinha um reduzido leque de verdadeiros amigos e sentia-se bem. Apesar de tudo, quem a conhecesse dizia que tinha sempre um sorriso estampado no rosto, que pouco conheciam sobre a sua vida privada, mas que era  uma pessoa agradável.

Os seus conhecimentos filosóficos e de psicologia, tinham-na feito compreender o que se passava consigo. Estava ciente de que tinha criado muralhas protectoras á sua volta e quase munca abria os portoes e deixava aproximar alguém.

No entanto, estava determinada a mudar o rumo das coisas e da sua vida. Estava determinada a fazer mais contactos, a devagarinho deixar aproximar-se alguém...

Naquela tarde, deu consigo a rir-se, descontraída e feliz! Voltou a casa com uma sensacao boa e com vontade de sonhar.
No dia seguinte, o sonho permanecia... mas  cautelosa como era, evitou contactos. Quis apenas saborear o sonho e nao acordar para a realidade. Apesar das precaucoes tomadas, houve um contacto que a fez pensar um pouco mais...

Uma nova semana se iniciava e Ela continuava a tentar saborear o momento. Havia uma “promessa” de noticias...

Claro está, a “promessa” nao se cumpriu e Ela acordou novamente para a realidade. O importante agora é concentrar-se novamente no seu trabalho e manter-se segura de si mesma, sem “criar castelos nas nuvens”, pois é certo e sabido que isso nao lhe está destinado e que acaba-se sempre por se magoar...

Lá mesmo esqueci que o destino. Sempre me quis só“

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Bananas


I´ve found the Bananas!! I´m Happy again :))

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Algo pequeñito

Algo pequeñito, algo chiquitito
Una rosa blanca, una caricia, un beso dulce y un perdón
Algo pequeñito, algo chiquitito
Un gesto tierno, una mirada, un abrazo o una flor
Algo pequeñito, algo chiquitito
Un simple te quiero, con dulzura, con cariño y con pasión
Es lo que te pido amor, mi vida se derrumba, me partes el corazón
Trata pronto de cambiar, el tiempo se termina ahora de verdad
Algo pequeñito,
Algo chiquitito,
Cosas simples que ahora no me das
Que te pido con locura si no quieres terminar
Algo pequeñito,
Algo chiquitito,
En tus manos tienes la ocasión
Hoy decides si quererme o romperme el corazón
Algo pequeñito, algo muy bonito
Tu pelo al viento que se enreda entre mis manos al calor
Has sabido comprender que las pequeñas cosas son las que hacen esto arder
Ahora trata de cambiar que el resto de las cosas ya se arreglarán
Algo ,
Algo chiquitito,
Cosas simples que ahora si me das
Que te quiero con locura y siempre yo te voy a amar
Algo pequeñito,
Algo chiquitito,
En tus manos tienes la ocasión
Decidiste tú quererme y no romperme el corazón
Y no romperme el corazón
Algo pequeñito,
Algo chiquitito,
Cosas simples que ahora no me das
Que te pido con locura si no quieres terminar
Algo pequeñito,
Algo chiquitito,
En tus manos tienes la ocasión
Hoy decides si quererme o romperme el corazón

Daniel Diges

domingo, 28 de novembro de 2010

Palavras ditas ao vento

Grito palavras ao vento...
Sem nexo, sem razão
Liberto-me apenas,
passo da palavra á acção!

Podes ser TU, Ele ou aquele
Ou até talvez mesmo ninguém!
Leiam ou não leiam,
O importante é a realização!

Egoísmo... talvez o seja!
Narcisismo... porque Não?
Tal como já disse outrora,
O importante é a realização!

Mas que "realização" te referes TU rapariga?-
-perguntam alguns de Vós...
Isso é coisa minha!
Não o conto a ninguém,
apenas digo que o faço por BEM!

Um pouco de egoísmo por vezes...
faz bem até á Alma!
Entenda quem entender...
Senão ficará sem saber!

É preciso, claro está!
Olhar apenas e só para o nosso umbigo...
nem nunca nem sempre,
mas de vez em quando é permitido!

Nos dias que hoje correm,
Os valores já não são iguais...
Vou ali e já venho!
Se perguntarem por mim: fui dar milho aos pardais!

Escrevo sem nexo,
deixo as palavras jorrarem-me do peito!
Algo sem jeito... eu sei!
Mas em terra de cegos, quem tem um olho é REI!

(escrito por mim mesma, algo sem jeito... mas escrito a preceito!)

domingo, 10 de outubro de 2010

Words

Die Liebe is wie ein Schmetterling - hältst du sie fest zerquetscht du sie. Wenn du sie nicht fest genug hältst, geleitet sie dir aus den händen

"Das kleine buch inspiriender Gedanken"
- aus der buch "ab nach unten" von Ray French

Li esta frase no último livro que li, registei-a e quis partilhá-la convosco... traduzindo: "O amor é como uma borboleta - se a segurares com força esmaga-la. Se não a segurares firmemente, desliza-te das mãos...", assim é o Amor...

Bom Domingo num dia dourado de Outono!

sábado, 9 de outubro de 2010

Mário Viegas - "Os ais"




Através de um "simples" poema consegue-se dizer os "Ais" da vida e muito mais!

Saudades de um grande poeta, declamador e actor português!

Espero que gostem...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

I do, Ido, Ido, Ido

Sentada na sua escrevaninha, perdida entre pensamentos e ideias... viajava até lugares longínquos, lindos, paradísiacos... lugares onde nunca tivera ido, lugares que provavelmente nem existiam... apenas e só na sua mente, nos seus sonhos!

Observava novamente a sua fotografia... aquele sorriso, aquele olha (suspiro)! Estava ciente de que Ele nunca iria ser "seu". que Ele apenas era um actor de cinema, alguém por quem diversas mulheres também suspiravam e com Ele sonhavam, mas mesmo assim... o observar daquela foto transmitia-lhe paz, calma interior, um calor que nao sabia justificar.

Assistira recentemente a um filme em que Ele participava, recordava repetidamente algumas das cenas e sonhava. Ao mesmo tempo perguntava-se a si própria: "Porque é que na vida real nao é assim?". O filme tinha mudado a sua vida! Tinha-a marcado de forma positiva, mas ao mesmo tempo despertara em si sentimentos e emocoes que julgava controlados e esquecidos. Até á bem pouco tempo sentia-se segura de si, nao precisava de ninguém, nao precisava de Amar alguém. Afinal só tivera desilusoes (no que toca ao amor) em toda a sua vida! Estava decidida a nao precisar de ninguém. A nao voltar a Amar, mas tudo mudou ao ver aquele filme..
Os sentimentos que julgara adormecidos voltaram a manifestar-se e a manterem-na acordada! O filme tocou-a tanto... fez-la recordar momentos vividos, dores sentidas... mas ao mesmo tempo fez-la sentir uma nova vontade de arriscar. De Amar novamente e deixar-se ser amada! Já há muito tempo que se fechara numa fortaleza, que se barricara entre altos muros onde nada nem ninguém poderiam entrar. Mas aquele filme... aquela frase "Eu mostrei-te as minhas cicatrizes! Abri-te o meu coracao. Nós temos os dois as mesmas cicatrizes! Abre o teu coracao!" marcara-a profundamente! Pois no seu caso também Ela tinha cicatrizes e feridas ainda abertas e que doiem tanto... Talvez mesmo por isso se fechara tanto. Mas a vida é tao curta e temos que a saber aproveitar! Portanto seria altura de arriscar e abrir o seu coracao novamente! Quem sabe teria mais sorte? Pelo menos abrira já o seu coracao a Ele! Finalmente ao fim de tantos anos descobrira novamente alguém que a despertara. Descobrira um olhar que lhe transmitia carinho e um certo calor! Apesar de ser um "amor impossível" e platónico fazia a sentir-se bem! E isso é que era o importante. O importante também era a coragem que necessitava para se voltar a aproximar do mundo, das pessoas... Quem sabe deixar alguém ultrapassar as barreiras que Ela havia criado! Alguém que tivesse a forca, a paciencia e a coragem para destruir as barricadas. Alguém que soubesse tratar das suas feridas abertas e das suas cicatrizes profundas. Alguém que a soubesse Amar!

Cheia de Paz interior e com uma felicidade que nao sabia explicar, deixou-se escorregar na cadeira e com um sorriso apenas exclamou: "Eu tenho a coragem de arriscar!".


It´s time now, my Darling!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mulher do Norte

Recebi este texto enviado por um amigo especial, soube bem lê-lo... principalmente nesta altura em que poucos motivos de orgulho tenho tido com o País de onde sou oriunda! Mas após ter lido este texto... voltei a sentir o orgulho de ser uma "mulher do Norte"!

O "Norte" de Miguel Esteves Cardoso

O Norte é mais Português que Portugal. As minhotas são as raparigas mais bonitas do País. O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela. As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram.

Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde-branca. Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-se branco ao olhar. Até o granito das casas.

Mais verdades.
No Norte a comida é melhor.
O vinho é melhor.
O serviço é melhor.
Os preços são mais baixos.
Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia
Estas são as verdades do Norte de Portugal

Mas há uma verdade maior.
É que só o Norte existe. O Sul não existe.
As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta.

Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte.
No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista?
No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro.
Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país

Não haja enganos.
Não falam do Norte para separá-lo de Portugal.
Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal.

Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal.
Mas o Norte é onde Portugal começa.
Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo.

Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte.

Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa.
Mais ou menos peninsular, ou insular.

É esta a verdade.

Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à parte. Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.

No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa.

O Norte cheira a dinheiro e a alecrim.

O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho. Tem esse defeito e essa verdade.

Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.

O Norte é feminino.

O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso.

As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos.
Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas.

São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer. Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte. Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente.

Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial.

Só descomposturas, e mimos, e carinhos.

O Norte é a nossa verdade.

Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores.
Depois percebi.

Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos. Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o "O Norte".

Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo. Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular - o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente.

No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto. Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte de Lima. Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita.
O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os- Montes, se é litoral ou interior, português ou galego? Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar.

O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm e dizer "Portugal" e "Portugueses". No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior das naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos. Como se fosse só um nome. Como "Norte". Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros. Porque é que não é assim que nos chamamos todos?


Escrito por Miguel Esteves Cardoso

Beijinhos, Sara

sexta-feira, 18 de junho de 2010